Equipe

Equipe

Componentes : Paulo Henrique; Keven Anderson; Iasmin; Tamilles; Beatriz; Bianca; Franciely; Emille; Luis.
Série: 2º Turma: 04
Disciplina: Biologia
Professora: Geane

Livro

Livro: A origem das especies
Autor: Charles Darwin

O livro foi publicado pela primeira vez a 24 de Novembro de 1859, esgotando-se rapidamente e criando uma controvérsia que ultrapassou o âmbito académico, ao chocar com a crença religiosa na criação, tal como é apresentada na Bíblia, no livro de Gênesis.

Nesse livro, Darwin propõe a teoria de que os organismos vivos evoluem gradualmente através da selecção natural.

Frases e pensamentos

" Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças "
Charles Darwin

" O homem que tem coragem de desperdiçar uma hora do seu tempo não descobriu o valor da vida. "
Charles Darwin

" Não há diferença fundamental entre o Homem e os animais nas suas faculdades mentais(...) Os animais, como o Homem, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento. "
Charles Darwin

" A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana "
Charles Darwin

" Na história da humanidade (e dos animais também) aqueles que aprenderam a colaborar e improvisar foram os que prevaleceram."
Charles Darwin

Legado

A teoria de Darwin de que evolução ocorreu por meio de seleção natural mudou a forma de pensar em inúmeros campos de estudo da Biologia à Antropologia. Seu trabalho estabeleceu que a "evolução" havia ocorrido: não necessariamente por meio das seleções natural e sexual (isto, em particular, só foi comumente reconhecido após a redescoberta do trabalho de Gregor Mendel no início do século XX e o desenvolvimento da Síntese Moderna). Outros antes dele já haviam esboçado a idéia de seleção natural: em sua vida, Darwin reconheceu como tal os trabalhos de William Charles Wells e Patrick Matthew que ele desconhecia quando publicou a sua teoria. Contudo, é claramente reconhecido que Darwin foi o primeiro a desenvolver e publicar uma teoria científica de Seleção Natural e que trabalhos anteriores ao seu não contribuíram para o desenvolvimento ou sucesso da Seleção Natural como uma teoria testável.

Apesar da grande controvérsia que marcou a publicação do trabalho de Darwin, a evolução por seleção natural provou ser um argumento poderoso contrário às noções de criação divina e projeto inteligente comuns na ciência do século XIX. A idéia de que não mais havia uma clara separação entre homens e animais fariam com que Darwin fosse lembrado como aquele que removeu o homem da posição privilegiada que ocupava no universo. Para alguns de seus críticos, entretanto, ele continuou sendo visto como o "homem macaco" frequentemente desenhado com um corpo de macaco.


Eugenia: “o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente” . Seguindo a publicação da "Origem das Espécies", o primo de Darwin, Francis Galton, aplicou as idéias de Darwin à sociedade, de forma a promover o conceito de "melhorias hereditárias". Ele iniciou este trabalho em 1865, completando-o em 1869. Em "The Descent of Man", Darwin concordou que Galton tivesse demonstrado que "talento" e "genialidade" em humanos eram provavelmente herdados mas acreditava que as mudanças sociais que ele propunha eram muito utópicas. Nem Galton nem Darwin concordavam que o Estado devesse interferir nestas questões. Acreditavam que, no máximo, a hereditariedade deveria ser considerada na escolha de cônjuges. Em 1883, depois da morte de Darwin, Galton começou a chamar a sua filosofia social de Eugenia. No século XX, movimentos de eugenia ganharam popularidade em vários países e foram associados a programas de controle de reprodução tais como leis de esterilização compulsória. Tais movimentos acabaram sendo estigmatizados após serem usados na retórica da Alemanha Nazista em suas metas de alcançar "pureza" racial.

Reconhecimento

Ainda durante a vida de Darwin, muitas espécies de seres vivos e elementos geográficos foram batizados em sua homenagem: o Monte Darwin, nos Andes, a capital do Northern Territory na Austrália também foi batizada com o seu nome em comemoração à passagem do Beagle por ali, em 1839. No mesmo território, foram batizados com o seu nome uma universidade e um parque nacional.

As 14 espécies de tentilhões que ele estudou em Galápagos são chamadas "tentilhões de Darwin" em honra ao seu legado. Em 1964, foi inaugurado em Cambridge o Darwin College em honra à sua família e, parcialmente, porque os Darwin eram os donos do terreno usado. Em 1992, Darwin foi posicionado em décimo sexto lugar na As 100 maiores personalidades da História, compilado pelo historiador Michael H. Hart. Darwin também figura na nota de dez libras introduzida pelo banco da Inglaterra em 2000. Darwin também aparece em quarto lugar na 100 Greatest Britons, uma lista compilada por meio de voto popular pela BBC.

Últimos anos de vida

Apesar dos sucessivos problemas de saúde que acometeram Darwin nos seus últimos vinte e dois anos de vida, ele continuou trabalhando avidamente. Ele passou a se dedicar aos aspectos mais controversos do seu "grande livro" que ainda estavam por ser completados: a evolução da espécie humana a partir de animais mais primitivos, o mecanismo de seleção sexual que poderia explicar características de não tão óbvia utilidade além de mera beleza decorativa, bem como sugestões para as possíveis causas subjacentes ao desenvolvimento da sociedade e das habilidades mentais humanas. Seus experimentos, pesquisa e escrita continuaram. Assim, continuou o seu trabalho no livro "Variação" (Variation), que cresceu até ocupar dois volumes, o que o forçou a deixar de lado "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo". Uma vez impresso, o livro foi muito procurado

A questão da evolução humana tinha sido amplamente discutida pelos seus simpatizantes (e críticos) logo depois da publicação da "Origem das Espécies" mas a contribuição do próprio Darwin para o tema só veio uma década mais tarde com os dois volumes de "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" em 1871. No segundo volume, Darwin introduziu por completo o seu conceito de seleção sexual e explicou a evolução da cultura humana, as diferenças entre os sexos, a diferenciação entre raças bem como a bela plumagem dos pássaros. Um ano mais tarde, Darwin publicou seu último grande trabalho, "The Expression of the Emotions in Man and Animals", que era focado na evolução da psicologia humana e sua continuidade com o comportamento animal. Ele desenvolveu a sua idéia de que a mente humana e culturas foram desenvolvidas por meio de seleção natural e sexual, uma abordagem que foi revivida com a emergência da psicologia evolutiva.
Seus experimentos relacionados à evolução culminaram em cinco livros sobre plantas, e então seu último livro voltou à discussão sobre o efeito que minhocas tinham sobre o solo.

Darwin morreu em Downe, Kent, Inglaterra, em 19 de abril de 1882. Ele deveria ter sido enterrado no jardim da igreja de St Mary em Downe, mas atendendo ao pedido de seus colegas cientistas, William Spottiswoode (Presidente da Royal Society) cuidou para que ele tivesse um funeral de estado e Darwin foi enterrado na abadia de Westminster próximo a Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton.

Darwin vs Mendel

Mendel foi o primeiro geneticista conhecido. Mendel comprovou que geneticamente os fatores e características passavam de pais para filhos, hereditariamente, na sua regra de 3:1. Esta explicação era a justificação necessária na teoria evolucionista de Darwin, para explicar a maneira como algumas características “evoluíam” e outras se extinguiam.
O fato é que Mendel era um monge, ou seja, criacionista e por mais que as teorias de Darwin se encaixassem perfeitamente na sua teoria e vice-versa em relação a Darwin, Mendel não ligava suas teorias ao evolucionismo ale do que:

1. Darwin acreditava que as formas de vida poderiam variar de um modo quase infindável, desde que houvesse necessidade disso. Ao mesmo tempo em que Darwin afirmava que os seres podiam “evoluir” para outros seres

2. Mendel, com as suas experiências descobriu que, sim, há variações mas que essas variações ocorrem dentro de um campo genético limitado, Mendel demonstrava que características individuais mantinham-se constantes

A verdade é que se Darwin tivesse se baseado mais nas teorias de Mendel teria respostas mais rápidas para as perguntas que tanto o afligiam.
Sendo que se Darwin englobasse a teoria de Mendel na sua, ou se incluísse dados desta, era mais um argumento impossível de comprovar, e mais um motivo de polemica e de descrédito para o seu nome no seio da comunidade científica (algo que Darwin temia).

Enquanto as ideias de Darwin se baseavam em fundamentos erróneos e não testados sobre hereditariedade, as conclusões de Mendel foram fundadas em experimentação cuidada.
E enquanto os conceitos de Darwin se baseavam em “variação, mutação, e” ligeira hereditariedade”, os de Mendel assentavam em “variação descontinua e hereditariedade extremamente acentuada, sem mutações”.
O fato é que atualmente ambas teorias se complementam de modo que a genética e a evolução são totalmente parecidas e pertencem ao mesmo conceito.

Evolução por seleção natural

Temendo tanto as críticas científicas quanto as religiosas, Darwin passou décadas desenvolvendo as suas teorias evolutivas quase sempre em segredo.Darwin era agora um eminente geólogo no meio científico formado por clérigos naturalistas, com uma renda segura e trabalhando secretamente em sua teoria. Ele estava convencido da ocorrência da evolução mas, desde muito tempo, sempre esteve consciente de que a idéia de transmutação de espécies era vista como uma blasfêmia, principalmente, ao fato de que suas descobertas contrariavam o que se acreditava na época: que espécies eram fixas, ou seja: todas as espécies que Deus criou no início do mundo são as espécies que existem, sem nenhuma a mais ou a menos.
Portanto, a publicação de suas ideias poderia significar a demolição de sua reputação e, consequentemente, a sua ruína. Assim, ele fazia experimentos minuciosos com plantas na tentativa de encontrar repostas convincentes para todos os contra-argumentos que ele conseguia antever.

Darwin tentou explicar sua teoria para amigos mais próximos, mas eles demoraram a mostrar interesse e pensavam que uma seleção exige um selecionador divino.

Darwin temia publicar a teoria de forma incompleta considerando o fato de que as suas ideias sobre evolução poderiam ser altamente controversas se, de fato, alguma atenção fosse dada a elas. Nesta época, ele conheceu o jovem naturalista, e livre pensador, Thomas Huxley que se tornaria um amigo próximo e grande aliado. O trabalho de Darwin sobre crustáceos (cracas) lhe valeu a medalha real da Royal Society em 1853, estabelecendo definitivamente a sua reputação como biólogo. Em 1854 ele voltou a sua atenção para a sua teoria de transmutação de espécies.

Carreira como cientista

Ainda jovem, Charles Darwin ingressou na elite científica.Enquanto Darwin ainda estava em viagem, Henslow cuidadosamente cultivou a reputação de seu antigo pupilo fornecendo a vários naturalistas os espécimes fósseis e cópias impressas das descrições geológicas que Darwin fazia.
Quando o Beagle retornou em 2 de outubro de 1836, Darwin era uma celebridade no meio científico. Ele visitou a sua casa em Shrewsbury e descobriu que seu pai havia feito vários investimentos de forma que Darwin pudesse ter uma vida tranqüila. Mais que isto, ele poderia ter uma carreira científica autofinanciada. Darwin foi então a Cambridge e convenceu Henslow a fazer descrições botânicas das plantas que ele havia coletado. Depois se dirigiu a Londres onde procurou os melhores naturalistas para descrever as suas outras coleções de forma a poder publicá-las posteriormente. O entusiasmado Charles Lyell encontrou Darwin em 29 de outubro e o apresentou ao jovem e promissor anatomista Richard Owen. Depois de trabalhar na coleção de ossos fossilizados de Darwin no Royal College of Surgeons, Owen surpreendeu a todos ao revelar que alguns dos ossos eram de tatus e preguiças gigantes extintas. Isto melhorou a reputação de Darwin. Com a ajuda entusiasmada de Lyell, Darwin apresentou seu primeiro artigo na Geological Society de Londres em 4 de janeiro de 1837, afirmando que a massa terrestre da América do Sul estava se erguendo lentamente. No mesmo dia, Darwin apresentou seus espécimes de mamíferos e aves a Zoological Society. Embora, em princípio, os pássaros parecessem merecer menos atenção, o ornitólogo John Gould revelou que o que Darwin pensara serem corruíras (wrens), melros e tentilhões levemente modificados de Galápagos eram de fato tentilhões, mas cada um de uma espécie distinta. Outros no Beagle, incluindo o capitão FitzRoy, também tinham coletado estes pássaros mas haviam sido mais cuidadosos com suas anotações, o que permitiu a Darwin determinar de que ilha cada espécie era originária.


Em 17 de fevereiro de 1837, Lyell aproveitou o seu discurso presidencial na Geological Society para apresentar as descobertas de Owen em relação aos fósseis de Darwin, enfatizando as implicações do fato de que espécies extintas encontradas em uma região fossem relacionadas a outras que viviam atualmente na mesma região. Neste mesmo encontro, Darwin foi eleito para o conselho da Geological Society. Ele já tinha sido convidado por FitzRoy para contribuir com o seu diário e notas pessoais para a seção de história natural do livro que o capitão estava escrevendo sobre a viagem do Beagle. Darwin também estava trabalhando em um livro sobre a geologia da América do Sul. Ao mesmo tempo, ele especulava sobre a transmutação de espécies no caderno de anotações que ele tinha iniciado no Beagle. Outro projeto que ele iniciou na mesma época foi a organização dos relatórios dos vários especialistas que haviam trabalhado em suas coleções em um livro de múltiplos volumes chamado "Zoologia da viagem do H.M.S. Beagle" (Zoology of the Voyage of H.M.S. Beagle). Darwin concluiu o seu diário em 20 de junho e, em julho, iniciou seu livro secreto sobre transmutação, onde desenvolveu a hipótese de que, apesar de cada ilha de Galápagos ter sua própria espécie de tartaruga, todas elas eram originárias de uma única espécie que tinha se adaptado à vida nas diferentes ilhas de diferentes modos.
A explicação genial para essas diferenças é a teoria da evolução. Darwin não inventou a evolução. Desde o século XVIII, os naturalistas buscavam uma explicação para a extinção das espécies. Acreditava-se que a Terra tinha 6 mil anos e era criação divina. Ora, se todas as criaturas surgiram no Gênesis e, por definição, a obra divina é perfeita, então por que Deus teria resolvido extinguir os mamutes da Sibéria e as preguiças-gigantes americanas, cujos fósseis eram conhecidos? A extinção das espécies era a questão central da época de Darwin. Desde Jean-Baptiste Lamarck, em 1809, aceitava-se a ideia de que as espécies se transformavam. Lamarck postulou, erroneamente, que as características adquiridas por um indivíduo ao longo da vida eram legadas aos filhos. Assim, pais gordos teriam filhos gordinhos. Darwin revelou que a evolução ocorre num nível muito mais profundo. Os indivíduos não adquirem características vantajosas. Nascem com elas.
Darwin era um aristocrata, rico e casado com uma religiosa. Temia as reações da sociedade vitoriana de sua época, ultramoralista
A base da seleção natural é a existência da variedade, ou seja, as diferenças entre os indivíduos de uma mesma espécie. Na maioria das vezes, os indivíduos produzem uma grande quantidade de descendentes, mas só uma parte sobrevive até a fase adulta. O salmão, por exemplo, põe milhares de ovas. A maioria é comida, e nascem centenas de peixinhos. Apenas dois ou três atingem a idade da reprodução. Por que só eles? Porque possuem características vantajosas para sobreviver. Pode ser uma facilidade em obter alimento ou o poder de atrair mais parceiros sexuais. Pense nas gazelas africanas. Segundo Darwin, as gazelas são velozes porque têm como ancestral comum uma gazela que era muito ágil. Só ela conseguia fugir dos leões. A maioria das gazelas mais lentas virou refeição, e as mais rápidas tiveram mais filhotes (também rápidos). O mesmo se deu com os felinos. O animal mais veloz em terra é o guepardo. Para alcançar a presa, dispara a 120 quilômetros por hora. Nem as gazelas escapam. Por isso, a seleção natural continua pressionando as gazelas a ser rápidas.


Sob a pressão de concluir Zoologia e corrigir as revisões de seu diário, a saúde de Darwin deteriorou. Em 20 de setembro de 1837, ele sofreu palpitações do coração e foi passar um mês no campo para se recuperar. Após o seu retorno do campo, ele evitava tomar parte de eventos oficiais que poderiam lhe tomar um tempo precioso.


Darwin considerou o raciocínio de Malthus de que a população humana aumenta mais rapidamente que a produção de alimentos, levando-a a uma competição e tornando qualquer esforço de caridade inútil, e viu naquela idéia uma forma de explicar seus achados sobre espécies extintas que se relacionavam mais com outras não extintas encontradas na mesma região, a similaridade entre espécies próximas umas das outras, suas dúvidas derivadas da criação de animais e sua incerteza quanto a existência de uma "lei de harmonia" na natureza. No fim de novembro de 1838, ele começou a comparar o processo de seleção de características feitas por criadores de animais com uma natureza Malthusiana selecionando variantes aleatoriamente de forma que "toda à parte de uma nova característica adquirida é colocada em prática e aperfeiçoada", e pensou nisto como "a mais bela parte da minha teoria" de como novas espécies se originam. Ele estava procurando uma casa e acabou por encontrar "Macaw Cottage" na rua Gower, Londres, e então mudou seu "museu" para lá em dezembro. Em 24 de janeiro de 1839, Darwin foi eleito membro da Royal Society e apresentou seu artigo sobre as "estradas" de Glen Roy.

Ascendência na sociedade

Enquanto Darwin ainda estava em viagem, Henslow cuidadosamente cultivou a reputação de seu antigo pupilo fornecendo a vários naturalistas os espécimes fósseis e cópias impressas das descrições geológicas que Darwin fazia.
Quando o Beagle regressou em 2 de Outubro de 1836, Darwin era uma celebridade no meio científico. Ele visitou a sua casa em Shrewsbury e descobriu que seu pai havia feito vários investimentos para que Darwin pudesse ter uma vida tranquila. Mais que isto, ele poderia ter uma carreira científica auto financiada. Darwin foi então a Cambridge e convenceu Henslow a fazer descrições botânicas das plantas que ele tinha encontrado. Depois dirigiu-se a Londres onde procurou os melhores naturalistas para descrever as suas outras colecções de forma a poder publicá-las.
O entusiasta Charles Lyell encontrou Darwin em 29 de Outubro e apresentou-o ao jovem e promissor anatomista Richard Owen, depois de trabalhar na colecção de ossos fossilizados de Darwin no Royal College of Surgeons, Owen surpreendeu todos ao revelar que alguns dos ossos eram de tatus e preguiças gigantes extintas. Isto melhorou a reputação de Darwin. Com a ajuda entusiasmada de Lyell, Darwin apresentou seu primeiro artigo no Geological Society de Londres a 4 de Janeiro de 1837, afirmando que a massa terrestre da América do Sul se estava a erguer lentamente.
No mesmo dia, Darwin apresentou seus espécimes de mamíferos e aves à Zoological Society. Os mamíferos ficaram aos cuidados de George R. Waterhouse. Embora, em princípio, os pássaros parecessem merecer menos atenção, o ornitólogo John Gould revelou que o que Darwin pensara serem corruíras, melros e tentilhões levemente modificados das Galápagos, mas de facto eram todos tentilhões, mas cada um de uma espécie distinta. Outros no Beagle, incluindo o capitão FitzRoy, também tinham apanhado estes pássaros mas foram mais cuidadosos com suas anotações, o que permitiu a Darwin determinar de que ilha cada espécie era originária.



Em Londres, Darwin frequentemente ia a jantares de pensadores com o seu irmão Erasmus e em alguns deles estava a escritora Harriet Martineau, cujas histórias promoviam a reforma das leis de protecção social de acordo com as ideias de Malthus. Nos meios científicos da época, ideias como a transformação de uma espécie em outra eram controversamente associadas com radicalismo político. Por isso, Darwin preferia o respeito dos seus amigos mesmo quando não concordava plenamente com as ideias deles, tais como a crença de que a história natural justifica-se religiões.
Em 17 de Fevereiro de 1837, Lyell aproveitou o seu discurso presidencial na Geological Society para apresentar as descobertas de Owen em relação aos fósseis de Darwin, enfatizando as implicações do facto de que espécies extintas encontradas em uma região fossem relacionadas a outras que viviam actualmente na mesma região. Neste mesmo encontro, Darwin foi eleito para o conselho da Geological Society.
Ele já tinha sido convidado por FitzRoy para contribuir com o seu diário e notas pessoais para a secção de história natural do livro que o capitão estava a escrever sobre a viagem do Beagle. Darwin também estava a trabalhar num livro sobre a geologia da América do Sul. Ao mesmo tempo, ele especulava sobre a transmutação de espécies no caderno de anotações que ele tinha iniciado no Beagle.
Na mesma época começa a organizar os relatórios dos vários especialistas que tinham trabalhado com as suas colecções num livro de múltiplos volumes chamado "Zoologia da viagem no H.M.S. Beagle" (Zoology of the Voyage of H.M.S. Beagle). Darwin concluiu-o em 20 de Junho e, já em Julho, iniciava o seu livro secreto sobre transmutação, onde desenvolveu a hipótese de que, apesar de cada ilha das Galápagos ter sua própria espécie de tartarugas, todas elas eram originárias de uma espécie única que se tinha adaptado à vida nas diferentes ilhas de diferentes maneiras.
Darwin adoece devido ao excesso de trabalho, e retira-se para o campo onde permanece por volta de um ano.
Já completamente recuperado, ele volta a Shrewsbury.

Darwin considerou o raciocínio de Malthus de que a população humana aumenta mais rapidamente que a produção de alimentos, levando-a a uma competição e tornando qualquer esforço de caridade inútil. Ele viu naquela ideia uma forma de explicar:

Ø As suas descobertas sobre espécies extintas que se relacionavam mais com outras não extintas encontradas na mesma região;
Ø As semelhanças entre espécies próximas umas das outras,
Ø As suas dúvidas derivadas da criação de animais
Ø A sua incerteza quanto a existência de uma "lei de harmonia" na natureza.

No fim de Novembro de 1838, ele começou a comparar o processo de selecção de características feito por criadores de animais com uma natureza Malthusiana seleccionando variantes aleatoriamente de forma que "toda a parte de uma nova característica adquirida é colocada em prática e aperfeiçoada", e pensou nisto como "a mais bela parte da minha teoria" de como novas espécies se originam. Em 24 de Janeiro de 1839, Darwin foi eleito membro da Royal Society e apresentou seu artigo sobre as "estradas" de Glen Roy.

Casamento e filhos

Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casou com sua prima Emma Wedgwood em Maer. Depois de primeiro morar em Gower Street, Londres, o casal mudou para Down House em Downe em 17 de setembro de 1842. Os Darwin tiveram dez filhos, três dos quais morreram prematuramente. Muitos deles e de seus netos alcançaram notabilidade.
Muitos dos seus filhos sofreram de doenças ou fraquezas e o temor de Darwin de que isto se devesse ao fato de que ele e Emma eram primos foi expresso em seus textos sobre os efeitos do acasalamento entre indivíduos de linhagens mais próximas (inbreeding).

A viagem do Beagle

HMS Beagle era um navio da Armada Inglesa que deu a volta ao mundo com Charles Darwin abordo.
A viagem do Beagle durou quatro anos e nove meses, dois terços dos quais Darwin esteve em terra firme.
Ele estudou uma rica variedade de características geológicas, fósseis, organismos vivos e conheceu muitas pessoas, entre nativos e colonos. Darwin coletaram metodicamente um enorme número de espécimes, muitas das quais novas para a ciência. Isto estabeleceu a sua reputação como um naturalista e fez dele um dos precursores do campo da Ecologia, particularmente a noção de Biocenose. Suas anotações detalhadas mostravam seu dom para a teorização e formaram a base para seus trabalhos posteriores, bem como forneceram visões sociais, políticas e antropológicas sobre as regiões que ele visitou.

Durante a viagem, Darwin leu o livro "Princípios da Geologia" de Charles Lyell, que descrevia características geológicas como o resultado de processos graduais ocorrendo ao longo de grandes períodos de tempo. Ele escreveu para casa que via formações naturais como se através dos olhos de Lyell: degraus planos de pedras com o aspecto característico de erosão por água e conchas na Patagônia eram sinais claros de praias que haviam se elevado; no Chile, ele experimentou um terremoto e observou pilhas de mexilhões encalhadas acima da maré alta o que mostrava que toda a área havia sido elevada; e mesmo no alto dos Andes ele foi capaz de coletar conchas. Darwin ainda teorizou que atóis de coral iam se formando gradualmente em montanhas vulcânicas à medida que estas afundavam no mar, uma idéia confirmada posteriormente quando o Beagle esteve nas ilhas Cocos (keeling).

A passagem de Darwin pelo Brasil foi só o início de uma aventura sensorial e intelectual de cinco anos ao redor da América do Sul. Na Argentina, o deleite deu lugar a uma nova sensação, a dúvida. Em 1833, Darwin ficou intrigada ao ver uma ema (que chamou de pequeno avestruz). Imediatamente, lembrou da avestruz africana. Como explicar a existência de espécies parecidas em continentes tão distantes? Na Patagônia, Darwin coletou fósseis de vários animais extintos. Um deles era blindado e do tamanho de um carro. Sua semelhança com o tatu dos pampas saltou aos olhos do naturalista. Esse tatu gigante era o gliptodonte, extinto há 10 mil anos. Quando Darwin achou os restos de um camelo extinto, as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar. Aquele animal era muito parecido com o guanaco dos pampas e a lhama andina, apenas muito maior. Estou “tentado a crer que os animais são criados por um tempo definido. O mesmo tipo de relação que a avestruz comum guarda com o (avestruz) pequeno... (une) o guanaco extinto ao recente (...) Se uma espécie se transforma em outra...”
Em 1835, no fim da viagem, Darwin passou algumas semanas nas Ilhas Galápagos, a 1.000 quilômetros da costa do Equador. A fauna do arquipélago impressionou-o. Cada ilha era habitada por uma espécie de jabutis gigantes. Todas eram quase idênticas, à exceção do padrão de desenho de seus cascos. O mesmo acontecia com os iguanas. A espécie de uma ilha árida, por exemplo, se alimentava de cactus. Mas seu litoral abrigava iguanas-marinhos, comedores de algas. A maior diversidade estava nas aves. A única diferença visível entre a dezena de espécies de tentilhão das diversas ilhas era o bico. Alguns eram grossos para quebrar nozes, outros menores para catar sementes. Havia até um tentilhão vampiro que bebia sangue. Darwin ficou perplexo. Ele conhecia o tentilhão do Equador. Seria ele o ancestral comum de todas as espécies das Galápagos? Teriam elas adaptado seus bicos à dieta disponível em cada ilha?

A bordo do barco, Darwin sofria constantemente de enjôo. Em outubro de 1833 ele pegou uma febre na Argentina e em julho de 1834, enquanto retornando dos Andes a Valparaíso, adoeceu e ficou um mês de cama. De 1837 em diante, Darwin passou a sofrer repetidamente de dores estomacais, vômitos, graves tremores, palpitações, e outros sintomas. Estes sintomas se agravavam particularmente em épocas de estresse, tais como quando tinha de lidar com as controvérsias relacionadas à sua teoria. A causa da doença de Darwin foi desconhecida durante a sua vida e tentativas de tratamento tiveram pouco sucesso. Uma idéia esposada por Kettlewell e Julian Huxley, no início da década de 1960, defende que ele contraiu a Doença de Chagas ao ser picado por um inseto na América do Sul.

Biografia


Charles Robert Darwin nasceu na casa da sua família em Shrewsbury, Shropshire, Inglaterra, em 12 de fevereiro de 1809. Ele foi o quinto dos seis filhos do médico Robert Darwin e sua esposa Susannah Darwin. Seu avô paterno foi Erasmus Darwin e seu avô materno, o famoso ceramista Josiah Wedgwood, ambos pertencentes à proeminente e abastada família Darwin-Wedgwood e à elite intelectual da época. Sua mãe morreu quando ele tinha apenas oito anos. No ano seguinte, em 1818, Darwin foi enviado para a escola Shrewsbury. Ali, ele só se interessava em colecionar minerais, insetos e ovos de pássaros, caça, cães e ratos.

Em 1825, depois de passar o verão como médico aprendiz ajudando o seu pai no tratamento dos pobres de Shropshire,com 17 anos, seu pai, o enviou para estudar medicina na Universidade de Edimburgo. Ele não suportou os gritos dos doentes. Só gostava das aulas de ciências naturais. Abandonou o curso aos 19 anos. Na universidade, com John Edmonstone, um ex-escravo, que lhe devorou o relato de viagem pela América do Sul . Ele foi pupilo de Robert Edmund Grant, um pioneiro no desenvolvimento das teorias de Jean-Baptiste Lamarck e do seu avô Erasmus Darwin sobre a evolução de características adquiridas. Investigações contribuíram para a formulação da teoria de que todos os animais possuem órgãos similares e diferem apenas em complexidade. No curso de história natural de Robert Jameson, ele aprendeu sobre geologia estratigráfica. Mais tarde, ele foi treinado na classificação de plantas enquanto ajudava nos trabalhos com as grandes coleções do Museu da Universidade de Edimburgo.

Em 1827, seu pai, decepcionado com a falta de interesse de Darwin pela medicina, matriculou-o em um curso de Bacharelado em Artes na Universidade de Cambridge para que ele se tornasse um clérigo. Em Cambridge, entretanto, Darwin preferia cavalgar e atirar a ficar estudando. Ele também passava muito do seu tempo coletando besouros com o seu primo William Darwin Fox. Este o apresentou ao reverendo John Stevens Henslow, professor de botânica e especialista em besouros que, mais tarde, viria a se tornar o seu tutor. Darwin ingressou no curso de história natural de Henslow e se tornou um de seus alunos favoritos. Durante esta época, Darwin se interessou pelas idéias de William Paley, em particular, a noção de projeto divino na natureza.

Seguindo os conselhos e exemplo de Henslow, Darwin não se apressou em ser ordenado. Inspirado pela narrativa de Alexander von Humboldt, ele quis visitar a Tenerife para estudar história natural dos trópicos. Darwin ingressou no curso de Geologia do reverendo Adam Sedgwick, um forte proponente da teoria de projeto divino, e viajou com ele como um assistente no mapeamento estratigráfico no País de Gales. Uma carta, entretanto, recebida ao retornar para casa, o colocaria em viagem. Henslow havia recomendado que Darwin fosse o acompanhante de Robert FitzRoy, capitão do barco inglês HMS Beagle, em uma expedição de dois anos que deveria mapear a costa da América do Sul. Isto lhe daria a oportunidade de desenvolver a sua carreira como naturalista. Esta se tornaria uma expedição de quase cinco anos que teria profundo impacto em muitas áreas da Ciência.

Visão religiosa

Embora vários membros da família de Darwin fossem pensadores livres, abertamente lhes faltando crenças religiosas convencionais, ele inicialmente não duvidava da verdade literal da Bíblia.

Foi então que a sua querida filha Annie adoeceu despertando novamente os seus temores de que sua doença pudesse ser hereditária. Após um longo sofrimento, ela morreu e Darwin perdeu toda a sua fé em um Deus benevolente. Ao retornar, ele investigou a questão de transmutação de espécies. Ele sabia que seus amigos naturalistas e clérigos pensavam em transmutação como uma heresia que enfraquecia as justificativas morais para a ordem social e sabiam que tais idéias revolucionárias eram especialmente perigosas em uma época em que a posição estabelecida da igreja da Inglaterra estava sob constante ataque de dissidentes radicais e ateus. Darwin chegou mesmo a escrever sobre a religião como uma estratégia tribal de sobrevivência, embora ele ainda acreditasse que Deus era o legislador supremo. Ele continuou a ajudar a igreja local e colaborar com o trabalho comunitário associado à igreja mas, aos domingos, ia caminhar enquanto sua família ia para o culto.